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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Realidade






Realidade
Florbela Espanca

 
Em ti o meu olhar fez-se alvorada
E a minha voz fez-se gorgeio de ninho...
E a minha rubra boca apaixonada
Teve a frescura pálida do linho...

Embriagou-me o teu beijo como um vinho
Fulvo de Espanha, em taça cinzelada...
E a minha cabeleireira desatada
Pôs a teus pés a sombra dum caminho...

Minhas pálpebras são cor de verbena,
Eu tenho os olhos garços, sou morena,
E para te encontrar foi que eu nasci...

Tens sido vida fora o meu desejo
E agora, que te falo, que te vejo,
Não sei se te encontrei... se te perdi...


 











quarta-feira, 3 de julho de 2013

MINAS SE FAZ EM SILÊNCIO




Meu amigo filósofo +manoel ferreira, mais uma vez me presenteou com algo lindo! 
Uma poesia maravilhosa!
Quanta honra!
Esta foi pelo meu aniversário, que já passou, mas, não a beleza do presente.
Obrigada meu querido.
Sabes que seu carinho e atenção me são caros.
Abrafuné para você!!
 Proceis tudim tamém sô! rs

 




+Lucia Barros:

 MINAS SE FAZ EM SILÊNCIO

Manoel Ferreira

FOI PENSANDO SER HOJE O DIA DE SEU ANIVERSÁRIO QUE COMPUS ESSE POEMA PARA LHE HOMENAGEAR, PARABENIZAR A MINEIRINHA DA GEMA.

Quem disser que conhece,
Quem disser que sabe Minas,
Não é merecedor de meus reconhecimentos,
Não merece minhas considerações,
Não tem de mim quaisquer respeitos.
Minas não cabe na fala
Minas é cancela aberta, é porteira escancarada
Onde só entra quem deseja, só adentra quem quer
E quem sai, nunca entrou.

Minas,
Vales, veredas, sendas, caminhos-da-roça, varandas,
Quintais, terrenos baldios,
Devaneio de violas, saraus de poetas,
Gado ruminando tardes,
Galo clarinetando
Em madrugal tributo à aurora,
               Para não dizer poucochito do imenso,
               Minas se faz em silêncio, Minas se faz em paciências.

Conhecer Minas plenamente,
Saber Minas integralmente,
Só Rosa lá de Cordisburgo,
Um certo Drummond lá de Itabira
E outros, tantos outros, outros tantos, discretos
Que explicam as Minas
Num olhar que alcança todas as distâncias,
Que abrange o tempo,
Enrolando fumo da palha
- Quem sabe Minas, não abre o bico.

Vejo Minas na fração do tempo
Em que a estrela
Risca um caminho e se apaga.
                 Reconheço-a;
                 Levo o menino
                 Pedra-pássaro-pirilampo. 

Deixei de ouvir-te



Olá!

Poesia é algo tão maravilhoso, que, mesmo em meio a dor está presente, e é consolo.
Tanto para quem faz/escreve, quanto para quem lê/aprecia.
Não há quem  não tenha passado pelo luto, quem não tenha sofrido pela morte de um ente querido. 
Gostei da forma como a poetisa coloca a dor em poucas palavras.
Espero que aprecie também.

Com carinho, 
                           Lúcia Barros







Deixei de ouvir-te

Maria do Rosário Pedreira


Deixei de ouvir-te. E sei que sou
mais triste com o teu silêncio.

Preferia pensar que só adormeceste; mas
se encostar ao teu pulso o meu ouvido
não escutarei senão a minha dor.

Deus precisou de ti, bem sei. E
não vejo como censurá-lo

ou perdoar-lhe.